terça-feira, 4 de novembro de 2008



3º Encontro – 10/04/2008


* Tema: Variação Lingüística
* Como eu falo? Como minha fala se apresenta para o outro?


VÍCIO NA FALA

Para dizerem milho dizem mio
Para melhor dizem mió
Para pior pió
Para telha teia
Para telhado teiado
E vão fazendo telhados.
Oswald de Andrade



* Leitura Compartilhada: “ A moça tecelã.”( Marina Colassanti )
* Estudo: “Vício na Fala.”
· Como eu falo?
· Como minha fala se apresenta para o outro?

As pessoas mais próximas dizem que o tom da minha voz indica autoritarismo. Trago em minha fala uma influência muito grande da fala da minha mãe, que é nordestina e tem um jeito mais áspero de falar. Utilizo alguns ditados populares, principalmente quando estou corrigindo meus filhos.
Quando estou em sala de aula procuro falar da forma mais “correta”, não utilizo e nem gosto de gírias. Respeito e aproveito os regionalismos existentes para trabalhar as diversidades culturais.



* Trabalho pessoal: Descrição de variantes lingüísticas encontradas em sala de aula.

A variante lingüística analisada foi encontrada em uma aluna da Educação Infantil – 1º ano, e se chama ANA LETÍCIA PEREIRA DE SOUSA. Ana Letícia morava em Colinas – MA e veio para Brasília no início deste ano. Fala de maneira tranqüila e pausada. Apresenta sotaque nordestino e usa algumas palavras típicas da região, por exemplo: “óxente”, “muié”, entre outras expressões muitas vezes engraçadas.
A aluna não tem contato com o pai, o mesmo só a visitava quando ela ainda era bebê. Ana Letícia vive com a mãe, dois irmãos e a tia. Assim como as outras crianças, adora brincar no pula-pula e assistir aos espetáculos do circo que raramente passa na sua cidade, que fica no interior do estado.
A pequena Ana Letícia adora se comunicar com os colegas, é extrovertida, curiosa e participa ativamente das atividades orais e escritas. Gostaria muito de concluir o ensino fundamental na Escola Classe 06, onde já fez muitos amigos.


CURIOSIDADES...


Até bem pouco tempo atrás, acreditava-se que a linguagem era desenvolvida com a convivência e com a educação. Agora , isso está mudando. As psicólogas Susan Goldin e Carolyn Mylander, da Universidade de Chicago, Estados Unidos, garantem que a capacidade de comunicação é inata. As pesquisadoras dizem que ela não depende de origem étnica, geográfica ou cultural. Está programada no cérebro desde o nascimento. A educação apenas torna essa habilidade mais complexa e sofisticada.
Uma experiência feita com crianças surdo-mudas chinesas e americanas avaliou a forma como elas se comunicam com suas mães. Por incrível que pareça, elas usaram os mesmos gestos: para mostrar que querem brincar, elas apontam para si mesmas; para pedir ajuda, apontam para a mãe; e para indicar como se estoura a bolha de sabão, batem palmas.
Revista Nosso Amiguinho – agosto de 1998

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